De tudo que lhe escrevi, nada parecido
Eu sinto o aperto em meu peito
Sinto o meu olhar pesar
Quase como quando o sinto vazar



De tudo que lhe escrevi
Restaram buracos
Nos papeis velhos
E papeis queimados;
Buracos 
Na sua camiseta de banda antiga
Buracos das rua que caminhei até ti
E buracos no meu peito ao te ver partir.




 De tudo que lhe escrevi
Nada esquecido
Nem que pudesse ser ouvido
Mas sentido só com um olhar
E agora
Sinta o peito calejar



De tudo que lhe escrevi
Do verão ao inverno
Sentimentos do céu ao inferno
Eu vivi
Meu amor de forma mais pura
Sem ranço, sem amargura
Senti



De tudo que lhe escrevi
E continuo escrevendo
 Eternizando todo teu ser
Para mim
Para o mundo
Inclusive para você


E é por isso
Que de tudo que lhe escrevi
Foi salvo
Não só no papel
Mas no coração
Repleto de buracos.


Raíssa Siqueira


Deixe um comentário